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Análise econômica e de mercado

Principais conclusões da Perspectiva Cíclica: mercados fraturados, renda fixa forte

Estresses econômico e de mercado aumentam o risco de recessão. Em cenários de incerteza, a renda fixa é uma possibilidade de rendimento atraente e estabilidade.

Diante das incertezas que pairam sobre o cenário econômico atual, é importante que os investidores fiquem atentos aos riscos.

Em nossa mais recente Perspectiva Cíclica, “Mercados fraturados, renda fixa forte”, discutimos o efeito das restrições da política monetária sobre a economia real e o que isso significa para os investimentos. Esta publicação resume as nossas perspectivas para os próximos seis a 12 meses.

O cenário econômico

Os recentes choques que testemunhamos no setor bancário demonstram que as medidas dos bancos centrais para conter a inflação estão tendo um efeito intensificador com consequências econômicas mais abrangentes.

Vemos três temas econômicos principais em nosso horizonte cíclico:

  • A falência de alguns bancos e o aumento do custo de capital elevam as perspectivas de aperto das condições de crédito, principalmente nos EUA e, portanto, o risco de uma recessão mais próxima e profunda.
  • O ciclo de alta de juros dos bancos centrais parece estar chegando ao fim. No entanto, ausência de aperto é diferente de normalização ou até mesmo de flexibilização da política monetária, o que requer a queda da inflação até a meta.
  • A menos que as implicações econômicas sejam claras e graves, é improvável que o risco de recessão e o estresse no setor bancário gerem uma resposta fiscal significativa.

Historicamente, a recessão e o aumento do desemprego tendem a começar de 2 a 2,5 anos após o início de um ciclo de alta de juros. Desta vez não parece ser diferente.

Nos ciclos passados, a inflação dos salários só começou a apresentar desaceleração significativa um ano depois do início da recessão. Portanto, como a queda da inflação será aparentemente lenta, as medidas para normalizar ou até mesmo flexibilizar a política monetária serão implementadas com uma defasagem e dependerão do equilíbrio entre estabilidade financeira e risco inflacionário.

Tendo em vista que essa lentidão costuma ser maior na zona do euro, pode ser que o ciclo de alta de juros do Banco Central Europeu (BCE) seja mais prolongado que o do Federal Reserve (Fed). A inflação na Europa provavelmente se manterá elevada devido aos altos preços da gasolina, ao enfraquecimento da moeda e ao mercado de trabalho menos flexível.

Implicações para os investimentos

Cenários de incerteza tendem a ser bons para a renda fixa, em especial depois de uma ampla atualização de preços como a do ano passado, que elevou significativamente os níveis de rendimento atuais. Historicamente, isso é um forte indicador de retorno. As qualidades tradicionais de diversificação e preservação de capital da renda fixa devem ficar mais evidentes, com possibilidade de haver aumento dos preços se a situação econômica se deteriorar mais.

Nosso cenário-base ainda prevê uma faixa de rendimento entre 3,25% e 4,25% para os títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA e faixas mais amplas em outros cenários, com um possível viés para um nível mais baixo devido aos riscos.

Hoje existem oportunidades atraentes em investimentos de curto prazo e alta liquidez, dados os rendimentos relativamente elevados próximos da parte frontal da curva e a menor volatilidade comparada a muitos outros investimentos. Mas, ao contrário dos títulos de renda fixa de longo prazo, os investimentos de alta liquidez não proporcionarão as mesmas qualidades de diversificação nem a capacidade de gerar retorno total por meio da valorização dos preços se os rendimentos caírem ainda mais, como já ocorreu em outras recessões.

O estresse no setor bancário reforça nossa cautela com o crédito corporativo, principalmente nas áreas de classificação mais baixa, como os empréstimos bancários com garantia sênior. A recente volatilidade testemunhada no setor bancário pode ser um prenúncio do que está por vir nas áreas dos mercados de crédito mais sensíveis à economia. Mantemos a preferência por produtos estruturados, securitizados e garantidos por ativos.

Acreditamos que os títulos hipotecários emitidos por agências dos EUA continuam atrativos, principalmente depois da recente ampliação dos spreads. Esses títulos costumam ter bastante liquidez e contam com a garantia do governo dos EUA ou de uma agência norte-americana, proporcionando resiliência e redução de riscos de queda.

Dentro do setor financeiro, o enfraquecimento generalizado tornou algumas emissões sêniores de bancos mais sólidos mais interessantes. Os valuations e a maior certeza quanto à posição dentro da estrutura de capital reforçam nosso viés para a dívida sênior em detrimento das emissões subordinadas.

Nos mercados privados, começamos a ver oportunidades mais atraentes em novos negócios, mas os preços dos ativos existentes estão demorando mais para se ajustar do que os dos mercados públicos. Temos priorizado a liquidez mais do que de costume em nossas estratégias e estamos preparados para aproveitar as oportunidades e os deslocamentos que surgirem no mercado.

Os imóveis comerciais (commercial real estate, CRE) podem enfrentar outros desafios, mas nem todo CRE é igual. Nosso objetivo é permanecer na parte sênior da estrutura de capital em negócios diversificados e evitar riscos relacionados a qualidade, pouca diversificação ou nível mezanino.

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